Consumidores querem marcas radicalmente humanas em 2021
Enquanto a água do café ferve, ele assiste ao noticiário. Mais um recorde na
contagem de casos de Covid-19. Quando isso vai ter fim?
Já não insiste mais na pergunta. Só piora. Ele desliga a TV. De que adianta? Perda
de tempo, pensa. Melhor ver outra coisa. Qualquer coisa que não seja tragédia.
Com o celular desbloqueado, passa por vários aplicativos. Fica parado por um
momento, respira. A sensação é de que sua energia mental está por um fio. Por
quê? Para que abrir mais um conteúdo? Quem tiver a resposta, ganha em 2021.
Afinal, vamos falar a verdade. Estamos todos cansados de conteúdo. Ninguém
precisa de mais um Story bonitinho. O que o consumidor realmente quer é um
motivo. Ou melhor, uma razão. Algo que o faça desejar, de fato, o próximo clique.
Relacionamento
Com certeza, você já topou com essa palavra em 2020. Talvez a mais popular
depois de “empatia”.
O que talvez não te disseram é que o termo da vez neste ano é “relacionamento”.
Ou melhor, “relacionamentos autênticos”. Basta ver o que o Facebook vem fazendo
nos últimos meses. A rede social quer ver seus usuários interagindo nos grupos.
Como bem disse a newsletter Bits to Brands, “a era do alcance vem dando lugar à
era da interação.” No Instagram, mesma coisa. Mais pessoas estão compartilhando
conteúdo com um grupo selecionado de pessoas.
Quer outra tendência? Telegram. Lá dá pra criar grupos com até 200 mil pessoas,
ao contrário do WhatsApp, com limite de 256 participantes.
Ou seja, o futuro do conteúdo está na segmentação das conversas.
O que não significa que precisamos revolucionar o marketing digital. Algumas coisas
simples do passado agora estão voltando com força.
Em meio a esse consumo gigantesco de mídia, precisamos de alguém para fazer a
curadoria do que acontece na rede.
E aqui entram as newsletters, um recurso antigo, mas muito eficaz. Afinal, é a porta
de entrada para a caixa de entrada de qualquer prospect e um espaço bem menos
disputado que os Stories.
Ainda assim, tudo que o consumidor de 2021 não tem é tempo. São só alguns
segundos de atenção antes que o nosso amigo do começo avance para o próximo
post.
A verdade é que ele só vai cultivar um relacionamento com alguma marca se ela
conseguir criar uma identificação muito forte com a realidade dessa pessoa. Com
tanto conteúdo disponível, a expectativa é muito grande.
Esse consumidor quer mais. Não basta consumir. Ele quer participar do processo e
saber que tipo de impacto as empresas estão deixando no mundo.
Gestor, seu cliente precisa de uma causa social. O ano de 2020 deixou bem claro o
tipo de mundo que as pessoas querem construir. Elas querem conversas sérias
sobre diversidade, inclusão e racismo.
Isso já está acontecendo! Segundo o estudo “Brands in Motion 2019” da consultoria
WE Worldwide, 74% dos entrevistados esperam que as marcas assumam uma
posição diante de questões importantes.
Outra coisa também. Se a tendência são as conversas em grupo, quantas
conversas a sua marca já fomentou nesses espaços?
Produtos que causam impacto geram debates. Você precisa provocar o seu público!
Agitar o seu círculo de amigos.
Pessoas adoram compartilhar coisas novas com os amigos. Dicas de posts, memes,
podcasts. Quanto mais original, melhor. E a hora de produzir conteúdo original é
agora ou nunca.
Tudo indica que o público das marcas será cada vez mais ativo. Você conhece essa
buyer persona? Sabe das necessidades dela, das suas expectativas? Já enviou um
formulário perguntando em detalhes o que ela mais espera da sua marca? Sem
uma base de dados consistente, vai ser difícil virar o jogo em 2021.
Bem, você já percebeu a urgência da situação. A conversa no marketing digit
chegou a um nível acima.
Seu time precisa de publicitários e profissionais de marketing que estão na linha de
frente, antecipando as próximas escolhas desse consumidor angustiado no sofá.
Afinal, se você não conseguir atender as expectativas dele, tem alguém que vai.