Marketing brasileiro se destaca no exterior como opção preferida por empresas
O marketing brasileiro segue sendo referência no exterior por meio do trabalho de agências como a Becka Advertising, especializada desde 2017 em atender demandas de clientes internacionais. Mesclando a capacidade de entrega precisa com uma forma diferente de precificar os serviços, a empresa fundada por Victor Hyago, Rafael Arantes e Beatriz Zendron conta com clientes nos Estados Unidos, Peru e Espanha.
Desde 2008, o mercado de marketing já apresentava um crescimento no número de profissionais brasileiros com carreira internacional, trabalhando em grandes multinacionais. Porém, agências totalmente brasileiras criando projetos para empresas do exterior ainda é um fenômeno incomum. “Abrimos a empresa já com clientes internacionais, fizemos projetos para companhias norte-americanas e criamos uma marca do zero para uma loja de sapatos de Barcelona”, conta Hyago.
Segundo o sócio-fundador, a empresa é bem-vista lá fora e acaba saindo na frente em disputas pelo atendimento de empresas por conta da honestidade na hora de precificar e pela alta especialização do pequeno número de profissionais da empresa. O câmbio atual do real em relação ao dólar permite à Becka pagar bem os funcionários sem repassar valores ao cliente ou comprometer a saúde financeira da agência.
“Com uma equipe modular, nós otimizamos os custos. Cobrando 50% a menos, entregamos 100% de qualidade”, explica o CEO. “Isso é ser leal e não arrancar do cliente um orçamento para serviços que não serão utilizados. Diminuímos a carga horária de trabalhadores que ficariam sem fazer nada e evitamos gastos exorbitantes”, finaliza.
O case mais bem-sucedido da agência é com a startup americana de software logístico Optimus Fleet, para a qual a Becka fez reconstrução de sites, branding de vídeos sobre produtos, gerenciamento de mídias sociais e apresentações comerciais de cada um dos produtos da startup.
“Agências americanas, por exemplo, cobram tudo à vista. Nós oferecemos aos clientes a opção do parcelamento, que acaba sendo vantajoso a eles pois um projeto de US$ 5 mil passa a ser viável com cinco pagamentos de R$ 1 mil”, explica Victor, destacando que equipes estrangeiras acabam afugentando clientes por dispensarem o parcelamento, temerosas por eventuais problemas no andamento dos projetos. “Aprendemos a trabalhar sob pressão desde sempre. O fato de existir a possibilidade do cliente não nos pagar lá na frente nos faz ter um desempenho até melhor”, afirma o empresário.
Escolhida numa disputa com outra agência colombiana, a Becka precisou mostrar que tinha estrutura para atuar nos Estados Unidos e, com isso, ganhar a confiança dos clientes. Isso envolveu desde conhecimento técnico até contratar profissionais específicos como locutores nativos. “Trouxemos propostas inovadoras e com custos muitos menores”, conta Victor.
Correspondentes locais são usados para apresentar a agência a clientes no exterior. “Já houve clientes que nos procuraram porque outras empresas estrangeiras falavam sobre nós. Esse boca-a-boca facilita muito ao fazer negócios fora do Brasil”, conta.